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PARQUE OBSERVATÓRIO DA CIDADE

Equipe: Rodrigo Leães (BARRA Arquitetos) | orient. Sérgio Moacyr Marques

* CONCORRENTE AO PRÊMIO ARCHIPRIX INTERNATIONAL EM 2016 - COMPETIÇÃO AINDA EM ANDAMENTO

Projeto de escala intermediária entre arquitetura e urbanismo que propõe a criação de um parque observatório da cidade em conjunção com a reinfraestruturação das antenas do Morro da Polícia e a consolidação de um sistema de unidades de conservação nos morros de Porto Alegre. O estudo foi desenvolvido como Trabalho de Conclusão de Curso de Arquitetura e Urbanismo na UFRGS.

Localização. Porto Alegre, RS

Ano. 2016

A Cadeia de Morros de Porto Alegre


Pode-se dizer que Porto Alegre é definida por dois grandes eventos geográficos: o seu corpo d’água mãe, o Rio Guaíba, e a sua cadeia de morros. Este segundo é, por muitas vezes, quase que ausente da memória da população Porto Alegrense. No entanto, a importância dos morros de Porto Alegre como patrimônio natural, objeto de pesquisa e de oportunidade de uso é de grande relevância. O exemplo máximo denegligenciamento dessa oportunidade é o alvo deste trabalho de conclusão: o Morro da Polícia, também conhecido como Morro das Antenas ou Morro da Embratel. Sendo um dos mais altos dessa extensa cadeia de morros, o morro da polícia tem uma relação visual direta com a cidade. O seu alinhamento com o eixo da redenção evidencia a falta de atenção para com os morros. Lá verifica-se o único uso presente neste topo de morro: as estruturas metálicas que dão suporte às antenas de rádio e tv. O acesso ao local é difícil e não há nenhum equipamento que possa receber a população afim de desfrutar de uma das vistas mais ricas da cidade. Este trabalho de conclusão aborda a questão dos morros de Porto Alegre e suas Unidades de Conservação, assim como a implementação de um grande equipamento urbano: o Parque Observatório da Cidade. 

Objeto de Projeto


Para além da fase preliminar de definição das unidades de conservação e seu módulo de infraestrutura básica, este trabalho envisiona o Parque Observatório da Cidade, que tem como programa principal o prédio observatório, o programa relacionado as antenas - que foram redesenhadas - e o Centro de Controle das Unidades de Conservação, com os laboratórios do Instituto de Geo e Biociências. O uso atual no caso específico do Morro da Polícia se restringe à pequenos lotes privados onde foram instaladas estruturas metálicas que dão espaço de locação para antenas de rádio e TV. No entanto, as estruturas como estão não abrem possibilidade de uso para o desfrute da vista pela população Porto Alegrense. Dessa forma, com a consolidação da Unidade de Conservação no Morro da Polícia, as antenas foram redesenhadas, de maneira a provir a cidade com o seu propósito primordial, mas ganhando desenho. 
O parque observatório da cidade está ligado ao sistema de trilhas da Orla Seca, sendo este o ponto principal do sistema. A sua representatividade se prova fundamental no momento que vira um ponto de referência quase que onipresente na cidade. 

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Mapa do Sistema das Unidades de Conservação nos Morros de Porto Alegre

Sistema de Unidades de Conservação


O Morro da Polícia faz parte de um sistema que deve ser evidenciado. Além de dar corpo à crista de morros que é vista desde a zona norte da cidade, este sistema é definido como um ecótono, uma região de transição entre o último resquício de mata atlântica e o pampa gaúcho. Por se tratar de uma questão tão relevante ambientalmente, o trabalho incorpora a tarefa de prever a criação ou formalização das Unidades de Conservação dos morros de Porto Alegre, que farão parte do sistema da Orla Seca: uma série de trilhas que interligam esses futuros parques municipais. Para dar suporte à essas Unidades de Conservação,  foi incorporado ao programa do Parque Observatório o Centro de Controle das Unidades de Conservação, com os laboratórios dos Institutos de Geo e Biociências da UFRGS, entidades que além de futuramente poderem desfrutar de uma infraestrutura que dá suporte à pesquisa sobre os ambientes naturais de Porto Alegre, servirá como pivô para aqueles proprietários de terras nos morros que vêem em mecanismos como o mercado de carbono e o mercado de reserva legal uma oportunidade para fazer renda sem prejudicar o patrimônio natural da cidade. 

Resgate da Memória

Além de implementar um sistema que ajudará a cidade de Porto Alegre a preservar o seu patrimônio natural, o Parque Observatório da Cidade resgata a memória dos tempos em que era possível desfrutar da imagem da cidade vista de cima. Na década de 70, havia um restaurante e um parque de diversões no morro da polícia. 
A população alvo é composta por pessoas das mais diversas matizes. Por se tratar de um trabalho de caráter urbano, por também se tratar de um parque dentro de um sistema de unidades de conservação, não é equivocado se dizer, num primeiro momento, que a população alvo é toda a população de Porto Alegre. No entanto, para fins didáticos, estabelece-se o público alvo como sendo aquele formados por pesquisadores em bio e geociências, integrantes de instituições em defesa do meio ambiente, participantes de grupos de corrida, grupos de mountain bike e etc.  

Pavilhão Observatório da Cidade

Planta Implantação

"Vista Nova": O Cinturão Verde de Porto Alegre

Planta Pavimento Térreo

Planta Segundo Pavimento

Planta Terceiro Pavimento

Planta Subsolo

Vista do Complexo: Antenas, Centro de Controle das UC´s e Pavilhão Observatório

Perspectivas Gerais

Cortes Transversais Axonométricos

Perspectiva do Conjunto de Antenas

Perspectiva Pavilhão da Administração das Antenas

Corte AA'

Corte BB'

Cortes de Pele

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